Parei de dizer que não sou capaz, que não sou suficiente.
Não
é sorte, é vontade de fazer a diferença e trilhar tudo aquilo que
suplico todas as noites antes de dormir. Faz tempo que tenho deixado
de lado o meu pessimismo, a culpa, os turbilhões de problemas e
transtornos que venho enfrentando. Tenho tentado fazer a diferença,
mesmo que seja levantando da cama com o pé direito, ambicionando o
mundo ou metade dele, abandonando a preguiça e o medo de não
conseguir. Tenho parado de reclamar, de culpar a Deus por escolhas
que eu mesmo faço.
Parei de dizer que não sou capaz, que não sou
suficiente. Parei de reclamar de barriga cheia, de cobiçar o que não
me serve, de idealizar o que não condiz com o esforço e a dedicação
que tenho feito. Parei de julgar o outro com os meus achismos, de
depositar todas as minhas expectativas em coisas e pessoas que não
podem mover uma palha sequer por mim. Tenho arregaçado as mangas e
aos pouquinhos tenho vencido. Trabalho de formiguinha, sabe? Mas que
dá um puta de um orgulho em saber que tracei, lutei e fiz por
merecer cada gota de suor derramada até aqui. Muitas vezes não sei
o que o hoje me reserva, mas aprendi a ser ousado e dado a cara para
bater. Faz um tempo que eu tenho silenciado minhas dores e vitórias.
Que tenho trabalho duro, insistentemente por um objetivo de vida ou
um sonho que quero realizar. Que tenho feito com amor, meio escorado
na fé que não me desampara nunca. Que tenho aproveitado as chances
de me refazer diante de uma rasteira e afronte. Que tenho parado de
viver a vida do outro para focar exclusivamente na minha. Tenho
buscado ser o que você não consegue e tenho conquistado o que
muitas vezes você não se dispõe. Aprendi a ser feliz com o pouco
que me basta. Deixei de esperar e entreguei para Deus o que só cabe
a Ele decidir o que é melhor para mim.
– Rogério Oliveira
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